quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Em três décadas casos de câncer de mama mais que dobraram, aponta relatório

Veja a Matéria retirada do Jornal Diário de Marília por:

FABIELE FORTALEZA

“Fazer a mamografia anualmente é a melhor decisão que uma mulher pode tomar. Em um determinado momento da minha vida me descuidei muito”, diz a professora Vera Lucia Balielo, 62, que retirou, no ano passado, a mama esquerda. Hoje (5) “Dia Nacional da Mamografia”, o depoimento de Vera serve como um alerta para as mulheres que deixam de visitar o ginecologista/mastologista com frequência.
O câncer de mama é a primeira causa de morte de mulheres por tumor no País. Entre os óbitos por doenças em geral no sexo feminino, perde apenas para os problemas cardiovasculares, como infarto e acidente vascular cerebral (AVC).
De acordo com um relatório mundial sobre câncer de mama, até o fim de 2012 em todo o planeta foi registrado mais de 1,6 milhão de casos, contra 640 mil na década de 1980. Em três décadas o número mais que dobrou.   
Vera descobriu seu tumor em um estágio avançado da doença. O tratamento começou com um processo de oito meses de quimioterapia. Logo após, Vera se submeteu a uma cirurgia para a retirada do quadrante. No entanto, meses depois os médicos a aconselharam realizar a retirada total da mama. Em seguida começaram as sessões de radioterapia. 
Segundo a professora, o choque inicial é a parte mais difícil. Contudo, em uma história sempre há dois lados, o ruim e o bom. É importante conseguir enxergar todos os ângulos de uma situação.
“A vida quando nos impõe certas situações também nos faz vivenciar coisas boas. Durante esses dois anos de tratamento eu me descobri mais como mulher. Organizei melhor minha vida e repensei em tudo que vivi até hoje. Nunca rejeitei a doença. Aprendi a conviver com ela e ao mesmo tempo lutar contra ela”, revela.
Vera ainda está em tratamento para recuperação total do sistema imunológico. Além disso, a professora aguarda pela reconstrução da mama, que deve acontecer nos próximos meses. 
“Tenho certeza que no próximo semestre estarei totalmente recuperada. É apenas uma questão de tempo. Os medicamentos que tomei eram muito fortes. Além do meu cabelo e cílios, minhas unhas também caíram”, relata a professora.
De acordo com especialistas, acompanhamento psicológico e apoio familiar ao paciente detectado com câncer são indispensáveis para obter bons resultados no quadro clínico. 
A mamografia é um exame de diagnóstico por imagem que permite a detecção precoce do câncer, ao mostrar lesões em fase inicial, muito pequenas. A mamografia deve ser realizada a cada dois anos por mulheres entre 50 e 69 anos, ou segundo recomendação médica, de acordo com informações do Instituto Nacional de Câncer (Inca).

ACC discute saúde da mulher no mês de março
Ontem (4) foi comemorado o “Dia Mundial do Câncer”. De acordo com informações apuradas pelo Diário, nenhuma ação foi realizada para lembrar a data em Marília. Segundo estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS), Instituto Nacional de Câncer (Inca) e Ministério da Saúde, cerca de 14 milhões de novos casos de câncer surgirão em 2014 em todo o mundo. No Brasil serão registrados 580 mil casos. 
Os órgãos ainda apontam que, se não forem tomadas medidas de longo prazo e largo alcance, a projeção para o ano de 2030, segundo a OMS, é de 22 milhões de casos novos e 17 milhões de mortes por ano no mundo. Países em desenvolvimento, incluindo o Brasil, serão os mais afetados.
Segundo Elaner de Almeida Marques, presidente da Associação de Combate ao Câncer (ACC) de Marília, um estudo está sendo encomendado para analisar a incidência da doença em Marília. Além disso, durante todo o mês de março, será desenvolvido um calendário especial para a saúde da mulher.
“Já que em março comemoramos o Dia Internacional da Mulher, resolvemos preparar um calendário com diferentes ações sobre a saúde feminina. O foco será palestras e atividades que vão esclarecer dúvidas e falar de prevenção”, informa Elaner.

A programação completa do calendário será discutida juntamente com órgãos públicos. De acordo com a assistente social da ACC, Regina Marques dos Santos, o tema será debatido, durante essa semana, em reuniões realizadas na prefeitura. O estudo que vai divulgar a incidência de câncer no município ainda não tem data definida para ser publicado.

Atividades

A ACC, ajudou a melhorar as salas de espera de radioterapia e quimioterapia no hospital de clinicas de Marília, instalando TV, cadeiras, entre outros;


* Assistência no serviço de ambulância, atendendo assim os pacientes que necessitam ir de casa para as unidades de tratamento e vice-versa.


* Atendimento ao café da manhã, servido pelo grupo de 50 voluntários aos pacientes e acompanhantes que estão em tratamento de radioterapia. São hoje em torno de 140 pessoas por dia totalizando 35.000 pessoas por ano.


Atendimentos gratuitos na sede da entidade com os seguintes profissionais:

*Assistente Social
*Psicóloga
*Nutricionista
*Dentista
*Fisioterapeuta


Também em sua sede, atende pacientes mastectomizadas, doando próteses Mamárias.

* Doação de cestas básicas às famílias dos doentes.

* Doação de fraldas geriátricas.

* Doação de suplementos alimentares.

* Medicamentos
prescritos pelos médicos.

Junto a nossa Sede temos também a casa apoio onde os pacientes com um acompanhante podem: almoçar, jantar e pernoitar de segunda a sexta feira.

Todos esses serviços são gratuitos aos pacientes.